Farol do Cabo de Santa Maria

Foi com alguma dificuldade, que em 1851 Ipácio Vielle dirigiu as obras de construção do farol de Santa Maria, tendo em conta a sua localização, num cabeço de areia próximo da entrada dos portos de Faro e Olhão. Contudo foi este o primeiro farol, a possuir um aparelho dióptrico ou lenticular de Fresnel de 2ª ordem que lhe permitia ter um alcance médio de 15 milhas.

Em 1883, o Plano de Alumiamento e Balizagem das Costas determina a substituição do aparelho existente por um de 1ª ordem, permitindo-lhe melhorar a qualidade da sua luz branca e o alcance que passa para as 28 milhas em estado médio e 13 milhas em estado brumoso.

Dada a sua situação geográfica, este farol foi desde sempre alvo de atenções e obras que pudessem assegurar a sua existência, já que a proximidade com o mar por várias vezes ameaçou a base da torre.

Em 1921 a torre do farol de S. Maria foi acrescentada, ficando com 42 metros de altura. Recomeçou a funcionar em 20 de janeiro de 1923 com um aparelho ótico de 3ª ordem, de rotação, que produzia grupos de quatro relâmpagos brancos, de 15 em 15 segundos. Este farol acabou por conhecer todos os passos da evolução: da combustão do azeite à do petróleo, passando pela do vapor de petróleo, até à lâmpada elétrica de incandescência.

Em 1995 foi iniciada uma obra de grande envergadura de consolidação da torre, a qual exigiu a desmontagem da lanterna para posterior assentamento uma vez concluída a intervenção. Provisoriamente foi montado um farol (PRB 46) no topo sul de um andaime. As obras de consolidação da torre foram terminadas em 1996 e foi iniciada a automatização do farol que terminou já no ano de 1997. Foi retirado o farolim provisório.